O surdo aleatório, que não chorava, que não falava
Mas que ele escutava, o mundo, ele escutava,
mas...
Nunca que a sua risada se abria na hora certa
Mas que ele sorria e se mijava era uma festa
Até que o aparelho chegou
E agora ele escutava tudo
E o bobo virou surdo
E o surdo virou robô
Mas...
E o cego equilibrista, que não tropeçava, e nem esbarrava
Mas que calculava, a vista, calculava,
mas...
Nunca reconhecia seus amigos numa festa
Mas que ele acenava e aparecia na hora certa
Até que o aparelho chegou
E agora ele enxergava o medo
E tudo ficou tão claro
E o negro mudou de cor
Mas...
O problema é natural, não é com o aparelho,
é com o normal
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