Não adianta pedir desculpas
A porta já foi trancada
As contas na portaria
A chave dei pra empregada
Você não volta mais aqui
Não adianta forjar contexto
Não adianta mudar de rosto
Mas nem que eu mude de gosto
E passe a gostar do avesso
Eu não gosto mais de ti
Um gogó sem pescoço
Um tosco um frouxo
Eu bem confiei em ti
Minha pura e má educação
Mas isso já passou
Feito as águas que passam
Lavando a sujeira que você deixou
Não adianta malhar em dobro
Não adianta vir posar de lindo
Seu corpo eu larguei pra vida
E as lembranças mandei pro esgoto
Junto as mágoas corrosivas
Um cisco de olho
Um tostão, canelada
Eu bem que me apercebi
Meu erro foi não dar patada
Mas isso já passou
Feito o vento que passa
Varrendo a poeira que você deixou
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